A distância por si só é complicada. O querer estar com ele e ter quilómetros a separar-me de um sorriso ou um abraço, tem dias em que é insuportável. Mas quem ama sofre e aguenta.
E depois há aqueles dias em que simplesmente estamos para o “não”, em que não apetece sequer falar. Em que só estamos bem onde não estamos, a fazer aquilo que não se faz. E a única coisa que nos apetecia era o abraço, aquele abraço; o beijo, aquele beijo. Tudo aquilo que sabíamos que ia melhorar o dia, que nos iria fazer esquecer o que quer que seja que nos aborreceu. Bastava tê-lo aqui, ao lado, e tudo ficava melhor.
E é nesses dias em que a merda se dá. Responde-se mal a quem se preocupa realmente conosco. Apetece-nos gritar com aquela pessoa em particular, mas é ele quem ouve, que leva a dita “porrada psicológica”, porque foi ele que se preocupou o suficiente para saber o que se passava. E é sempre ele que acaba magoado.
E tudo seria mais ou menos bom, não fosse a puta da distância. Que só complica. Que só estraga. Que não ajuda...